O cenário pop nacional andava morno nos últimos tempos. No entanto, dois cantores — filhos de ícones da música brasileira — resolveram agitar a cena. Fiuk e Wanessa (ex-Camargo, já que a artista não usa mais esse nome artístico) lançaram os discos Sou eu e DNA, respectivamente. Cada um ao seu estilo, os dois trazem elementos novos para a própria carreira e para o cenário musical brasileiro.
Em seu novo álbum, que marca o início da carreira solo, Fiuk aposta em um tom mais romântico que o apresentado nos trabalhos com a banda Hori. As melodias mais suaves remetem a algumas canções do pai do astro pop, Fábio Jr, que colaborou na composição de Sempre mais. Apesar das referências e de parcerias com Jorge Ben Jor e Caco Grandino (NX Zero), o cantor teen decidiu fazer um disco que fosse a sua cara.
“Foi uma coisa de feeling sabe? É muito particular, encarei esse projeto como uma obra de arte, tentei dar um toque pessoal às músicas”, explica o cantor. Representando uma nova geração de artistas pop, ele não se prende a um único estilo. Nas 11 faixas do álbum o rock e até mesmo o samba se fazem presentes, com o estilo ousado e romântico característico de Fiuk. “Eu mudo com o tempo, procuro sempre me transformar. Acho isso saudável”, diz.
Ele também tenta se consolidar como músico, com uma participação em toda a parte de produção musical de Sou eu. Além de cantar, Fiuk toca bateria, guitarra e violão em mais da metade das músicas do disco. “A única coisa que posso afirmar é que o CD é a minha cara, esse nome Sou eu não foi escolhido à toa.”
O pop nacional não sobrevive apenas de cantores em carreira solo. Mantendo a melhor tradição do ritmo no Brasil, a banda NX Zero traz o som pesado do rock com as letras melódicas do emocore — estilo que mistura levada romântica e rock’n’roll. A banda, que está na estrada desde 2001, é uma das referências para os novos grupos. “Eles estão sempre evoluindo, apresentando ideias diferentes, admiro muito o trabalho deles”, revela Fiuk.
Três perguntas - Fiuk
Como foi abandonar a Hori, sua primeira banda?
Pô, bicho, foi uma loucura. Eu tenho a banda desde os 13 anos, mas não estava conseguindo enxergar um projeto futuro. Aí decidi partir para a carreira solo. Confesso que foi o maior desafio da minha vida.
A carreira solo é muito diferente?
É o maior desafio da minha vida. Fiquei isolado, bitolado nisso durante 4 meses. Eu sinto que estou me explorando, arriscando, descobrindo quem eu sou.
Você apostou em diversos estilos. Por quê?
Música é música. Eu gosto de cantar coisas que me fazem bem. Acho legal ter esse esquema de shuffle, sabe, colocar vários estilos no disco. A cada play é uma surpresa.
DISCOS
Sou eu
Primeiro CD solo de Fiuk, 11 faixas, lançamento Warner Music. R$ 29,90
DNA
CD de Wanessa, 15 faixas, lançamento Sony/BMG. R$23,90
Do Portal Uai.
Fonte: Pernambuco
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